Apesar de questionados, planos de saúde individuais e familiares podem ser positivos para uma operadora. Descubra o motivo.
Ao longo dos anos, vi que os planos de saúde individuais e familiares são questionáveis por algumas operadoras que preferem trabalhar com produtos coletivos. Acompanhei diversas discussões sobre a manutenção de produtos com tipo de contratação individual e ou familiar e até casos de diretorias que convocaram reuniões para a suspender a comercialização deles.
Sempre que questionado sobre o assunto, minha sugestão é a realização de um estudo da atual carteira da operadora para verificar a viabilidade da comercialização de planos de saúde individuais e familiares. Sendo assim, poderíamos conversar sobre as vantagens e os riscos do produto.
“Pontos negativos” de planos de saúde individuais e familiares
Muitos gestores se apegam a fatores “desfavoráveis” do produto. Vou citar os três principais, pois geram bastante argumento para as conversas:
Entretanto, esses pontos podem deixar de ser negativos se olharmos por outra perspectiva. Por exemplo, atualmente, o reajuste pode ser favorável para a operadora, uma vez que, após autorização da ANS, aplica-se o reajuste estipulado; porém, nos contratos coletivos, a exceção é quando uma empresa não questiona e aceita o reajuste devido no período.
Sobre a expectativa de vida e do envelhecimento populacional, esse fato pode ser encarado como uma oportunidade se a operadora tiver um bom equilíbrio financeiro entre os gastos e a receita.
Entendo que um dos principais fatores favoráveis ao plano de saúde individual é a demanda reprimida. Como muitas operadoras não estão mais comercializando o plano individual/familiar, o mercado diminui a quantidade de concorrentes. Sem falar que o ranking de importância de bens e serviços aponta que o plano de saúde está entre as três principais prioridades da população, perdendo apenas para educação e moradia.
Planos de saúde individuais e familiares são uma oportunidade de mercado com concorrência menor, porém com vários fatores adversos – tanto do mercado e perfil populacional, quanto do órgão regulador. Mas se a operadora faz uma boa subscrição, que garanta seu equilíbrio técnico financeiro, ela terá resultados satisfatórios com esta modalidade de produto.
É importante destacar que, tecnicamente falando, se o plano de saúde individual/familiar estiver bem precificado por um atuário responsável, não vejo problema na comercialização. O termo atuário se designa ao profissional especialista em avaliar e administrar riscos e, neste caso, o risco faz parte do negócio da operadora.
Se quiser saber mais sobre o assunto, entre em contato conosco.
Luiz Fernando Amaral
Gestão de Mercado
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Data da notícia:
10/03/2020