A revista Harvard Business Review trouxe uma matéria importante sobre os modelos de remuneração importados dos EUA e suas dificuldade de aplicação no Brasil. Faremos uma breve síntese do que foi disposto na matéria em questão com os aspectos prós e contras relacionados abaixo, de acordo com cada modelo de remuneração:
- Capitation (valor fixo por mês e por pessoa coberta):
Depende de informações relacionadas aos riscos e base estatísticas das enfermidades por região, sexo, idade e etc.;
Exige revisões dos valores acordados;
Medir qualidade sobre a base populacional é complexo;
Pacientes preocupados com a sua necessidade e não com os resultados populacionais;
Estatísticas existentes não respaldam o modelo e não há preparação adequada dos prestadores e pagadores; e
Concentração de avaliação de desempenho somente em índices quantitativos.
- Bundled Services (valor acordado de acordo com a condição física do paciente):
Leva em conta a melhoria do desempenho dos tratamentos, tanto em economias como em qualidade;
Requer base de dados sobre o histórico do paciente/população;
Risco recai sobre o prestador e não é compartilhado com a fonte pagadora;
Modelo complexo para implantação e demanda grande esforço dos envolvidos;
O prestador precisa estar bem estruturado; e
Requer hospitais especializados.
- Diagnosis Related Groups – DRG (valor de acordo com conjunto de serviços, conforme diagnóstico – CID):
Desconsidera o ciclo completo de atenção para o tratamento da doença;
Pagamento feitos separadamente, a cada especialista, o que pode descoordenar o serviço;
Exige flexibilidade para ajuste de preço ao longo do processo;
Barreiras na precificação, pois há variações nas comorbidades;
Exige precificação regionalizada em razão da extensão do país; e
Dificuldade de medir desempenho em áreas em que não há muitos prestadores.