A ANS realizou, em 18/04, o webinário Painel Econômico-Financeiro – 4º Trimestre de 2023, no qual apresentou os dados mais recentes do setor de planos de saúde. As informações fecham os resultados de 2023, permitindo uma avaliação sobre todo o ano passado.
No início do encontro foram apresentadas as informações do painel referentes ao 4º trimestre de 2023, informando que a ferramenta traz uma leitura mais agregada das contas do setor, fruto de uma análise de amplas discussões na ANS e mostrando uma reflexão sobre o que vem acontecendo na saúde suplementar de forma geral. Foi destacado que o painel mostra um cenário de recuperação, de desemprenho econômico-financeiro importante em 2023. Ao observar 2018 e 2019 é possível verificar bons resultados; depois verifica-se um 2020 atípico, que produziu um resultado positivo significativo por conta do isolamento provocado pela pandemia de Covid-19. E então surgem 2021 e 2022 com uma queda expressiva, com deterioração dos resultados. Já 2023 volta a confirmar lucro, na ordem de quase R$ 3 bilhões em números agregados.
Fortalecimento da capitalização
Ao destrinchar os números, todas as modalidades de operadoras tiveram lucro ou sobras nos números agregados, embora não se possa afirmar que o que se recebe diretamente com a operação (venda de planos) seja suficiente para pagar os custos assistenciais, despesas administrativas e comerciais. Por outro lado, as operadoras tiveram altas remunerações em suas aplicações financeiras. Ou seja, o resultado financeiro continua compensando significativamente o prejuízo operacional. Destacou-se, ainda, que historicamente o resultado financeiro impulsiona o desempenho econômico-financeiro do setor e o que se pode observar é o maior fortalecimento das aplicações financeiras das operadoras nos últimos anos.
Na sequência, foi apresentada a atualização do Atlas Econômico-Financeiro da Saúde Suplementar, uma ferramenta que permite uma visão concorrencial dos mercados do setor. Dentre os destaques, ele pontuou que, ao longo dos últimos seis anos, os planos coletivos empresariais estão menos concentrados no país, ao contrário dos individuais, que têm apresentado redução no número de operadoras ofertando esse produto. Já os planos por adesão apresentam uma estabilidade, sem alterações significativas de mudanças na concorrência.
Mostrou-se, contudo, que o estado do Rio de Janeiro foi na contramão desse cenário, com uma redução da concentração de operadoras nos planos individuais, tornando-se o mercado menos concentrado no país nesse tipo de contratação.
Após as apresentações dos painéis, os participantes puderam esclarecer dúvidas com a equipe da diretoria de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS.
O evento pode ser assistido na íntegra, neste link.
Data da notícia:
25/04/2024